Audiodescrição é a uma faixa narrativa adicional para os cegos e deficientes visuais consumidores de meios de comunicação visual, onde se incluem a televisão e o cinema, a dança, a ópera e as artes visuais. Consiste num narrador que fala durante a apresentação, descrevendo o que está a acontecer no ecrã durante as pausas naturais do áudio e por vezes durante diálogos, quando considerado necessário.1
Para as artes performativas (teatro, dança, ópera) e para os meios de comunicação (televisão, cinema e DVD), a descrição é uma forma de tradução audiovisual, usando as pausas naturais no diálogo ou entre elementos sonoros cruciais para inserir a narrativa, que traduz a imagem visual de uma forma que a torna acessível a milhões de indivíduos que de outro modo não teriam um acesso pleno à televisão e ao cinema.
As crianças cegas devem ser estimuladas desde cedo
no que diz respeito à exploração do sistema háptico (o tato ativo ou em
movimento) através de atividades lúdicas, do brinquedo e de brincadeiras. Elas
devem desenvolver um conjunto de habilidades táteis e de conceitos básicos que
tem a ver com o corpo em movimento, com orientação espacial, coordenação
motora, sentido de direção etc. Tudo isto é importante para qualquer criança.
Escrita em Bralle
Para a realização da escrita ou leitura em braille,
é necessário que a criança conheça convenções, assimile conceitos gerais e
específicos, desenvolva habilidades e destreza táteis.
O tato, a destreza tátil e a coordenação bi manual
precisam estar bem desenvolvidos, pois tanto a técnica da leitura quanto a
escrita das letras dependem de movimentos sincronizados das mãos e da percepção
tátil de diferenças, bem sutis.
Para se alfabetizar uma criança cega é necessário
bem mais do que ter um bom domínio do Sistema Braille. É preciso saber como se
dá o processo de construção do conhecimento por meio da experiência não visual
e criar condições adequadas de acesso aos conteúdos escolares dentro e fora da
sala de aula.
A Pedagogia na
educação especial, através de avaliações individuais, poderá oferecer recursos
de acordo com a necessidade de cada aluno, como texto ampliado, aula gravada em
áudio ou disquete e material transcrito em Braille. Quanto ao aluno pré-escolar
e séries iniciais, os materiais deverão ser apresentados primeiramente de forma
mais concreta possível evoluindo para o abstrato de forma gradual.
No trabalho pedagógico é fundamental conhecer o aluno, suas habilidades e necessidades, como ponto de partida para a aprendizagem, neste caso, uma avaliação e orientação médica são de grande valia, quanto ao uso de auxilio óptico, equipamentos adaptados e posturas adequadas.
No trabalho pedagógico é fundamental conhecer o aluno, suas habilidades e necessidades, como ponto de partida para a aprendizagem, neste caso, uma avaliação e orientação médica são de grande valia, quanto ao uso de auxilio óptico, equipamentos adaptados e posturas adequadas.
Braille
O Sistema de Escrita Braille surgiu pelas mãos do francês Louis Braille
que, observando o sistema de comunicação sonoro de Código Morse e pelo fato de
sua cegueira estar atrapalhando seus estudos, foi capaz de criar a
representação dos sons em forma de um alfabeto em relevo, que possibilitaria a
leitura, pelo tato. O Sistema Braille possibilitou aos deficientes visuais o
acesso a leitura e à cultura em geral, pois, eles finalmente puderam
compartilhar com os videntes (pessoas com visão normal) a escrita.
Ao ser apresentado o sistema foi logo assimilado por seus colegas, no
entanto só foi oficialmente aceito na instituição em 1843, dezenove anos depois
de sua invenção.
A educação em Braille segue duas linhas essenciais: a leitura e a
escrita. Para trabalhar a leitura, faz-se necessário o treino da sensibilidade
do deficiente, para que ele esteja apto a reconhecer as saliências que compõem
a escrita Braille. Depois de trabalhada a sensibilidade, trabalha-se o
reconhecimento do alfabeto e a formação das palavras, de forma análoga à
educação dos videntes. Para o aprendizado da escrita, é necessário o
reconhecimento da máquina Perkins Brailler (máquina de escrever, de caracteres
em Braille) ou da Reglete e Punção (prancha própria para a escrita em Braille).
Nos dois casos, deve haver o estudo da formação das letras e da forma de
impressão desta no papel.