sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Tecnologia Assistiva _ Pessoas cegas ou com baixa visão



RECURSO DE TECNOLOGIA ASSITIVA EM SALA DE AULA
REGLETE/SOROBÃ/MÁQUINA DE DATILOGRAFIA BRAILLE

Para maior proveito das habilidade do aluno de AEE, o professor  tem que estar atento as necessidades do aluno, para sua autonomia dentro e fora da sala de aula.
A importância de conhecer seu aluno torna mais fácil juntar os recursos necessários com sua potencialidades/habilidades.
Matheus Luiz, meu aluno que estimo tanto, é cego de nascença e usa prótese nos dois olhos.
Criança inteligente, meiga, carismático e muito dedicado aos estudos.
Apesar de sua limitação faz aula de teclado e gosta de brincadeiras ao ar livre. Sua matéria preferida é ciências, o que explica sua curiosidade por plantas e animais.
Entrou pra escola regular desde os 5 anos de idade, sempre teve acompanhamento e incentivo da família e dedicação exclusiva da mãe que se interessou a aprender o Braille para ajudar o filho nas atividades da escola.
Desde que ingressou na escola já lhe foi apresentado os primeiros materiais em braille que até então eram confeccionados pela professora regente.
Assim, sucessivamente foi apresentado os novos instrumentos que o ajudaria na escrita.
Hoje, Matheus Luiz, está no 4º ano do ensino fundamental e tenho certeza que nada pode barrar sua vontade de aprender e prosseguir com os estudos, apesar de sua limitação. 
Acredito no seu potencial!
_____________________________

De acordo com o Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como deficiência visual:

• Cegueira – na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
• Baixa Visão – significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
• Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°;
• Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

A inclusão das pessoas com baixa visão na legislação se deu a partir da edição do Decreto nº 5.296/04. As pessoas com baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de contato, ou implantes de lentes intra-oculares, não conseguem ter uma visão nítida. As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da patologia causadora da perda visual.
Cerqueira e Ferreira (2004) afirmam que na educação de pessoas com deficiências visuais os recursos de tecnologia assistiva apresentam uma importância ainda maior, levando-se em conta ser o problema básico das pessoas com essa deficiência, em especial, o cego, é a dificuldade de contato com o ambiente físico.

Os recursos de tecnologia assistiva para os alunos com deficiências visuais, inclusive cegos, podem ser classificados como segue:

• Naturais: assim chamados por se utilizar de elementos da própria natureza, devidamente re-significados e assim transformados em dispositivos com um objetivo bem definido. Como exemplo, a utilização de um graveto e de um galho, de diâmetros diferentes, para auxiliar a conceituação de "grosso" e "fino";

• Pedagógicos: Todos os dispositivos, independentemente de seu grau de sofisticação, que podem ser confeccionados por professores, pais e colegas com o objetivo de incrementar a eficácia do aprendizado de um aluno;

• Tecnológicos: São os dispositivos que incorporam maior sofisticação tecnológica disponíveis para facilitar a aprendizagem: toca-fitas, gravadores, televisão, computadores, scanners, impressoras em Braille, entre tantos;

• Culturais: o arsenal de livros gravados (cassete e CDs) ou em Braille, disponíveis em bibliotecas. Também materiais de museus e exposições.

Materiais de TA básicos para alunos com baixa visão e cegueira

Para se obter um bom desempenho eficiente do aluno com deficiência visual, em especial o cego, é necessário que o mesmo domine alguns materiais básicos, indispensáveis no processo ensino – aprendizagem, como a reglete e a punção (conjunto de instrumentos que permite a produção da escrita em Braille), o sorobã (ábaco utilizado no Japão, China e Russa para cálculos aritméticos), os textos transcritos em Braille e o gravador. O cego deverá também, na medida do possível, dominar o uso da máquina de datilografia Perkins Braille.

 Figura 1 - Reglete

A escrita do braille pode se realizar por várias maneiras: A mais antiga e a mais utilizada é a reglete e o punção. A pessoa prende o papel na reglete, e com o punção vai fazendo todos os pontos que formam as letras.



        

Figura 2 - Sorobã

O Sorobã é um aparelho de cálculo usado já há muitos anos pelas escolas, casas comerciais e engenheiros, como máquina de calcular de grande rapidez, de maneira simples.

                   
 








Figura 3 - Máquina de ditalografia Perkins Braille

Com as máquinas, o trabalho se torna muito mais rápido que nas regletes.



Para auxiliar a locomoção, os cegos fazem uso das bengalas, que sao encontradas no mercado em vários modelos diferentes:



Bengala Ambutech de alumínio, com ponteira rotativa.


A Ultra Cane é a primeira bengala eletrônica que detecta objetos ao nível dos pés, pernas, tronco e cabeça.

Para alunos com baixa visão, os recursos didáticos mais usados são os cadernos com margens e linhas fortemente marcadas e espaçadas, lápis com grafite de tonalidade forte, caneta hidrocor preta, impressões ampliadas e materiais com cores fortes e contrastantes. Para alguns alunos, é necessário um espaço maior entre as linhas, como não encontramos esse tipo de caderno no mercado pode-se utilizar caderno de desenho ou encadernar um maço de sulfite, colocando capas (frente/verso) e em seguida traçar as linhas mais espaçadas de acordo com a necessidade do aluno. Assim como é mostrado no exemplo abaixo: linhas traçadas com espaço de 5 cm, folha por folha, com lápis 6B.






Referências

1. ANDRADE, Marita. Tecnologia, Educação e Deficiência Visual. Revista Presença Pedagógica. Nº. 75 - 17/05/2007 - pág. 40.

2. CERQUEIRA, J. B. & FERREIRA, E. M. Recursos didáticos na educação especial. Instituto Benjamin Constant – Rede Saci, 10/05/2004

3. REIS, N. M. M. Tecnologia Assistiva: Recursos facilitadores no processo de aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais – PUC Virtual – 2005

4. POLETTO SONZA. A. & COSTI SANTAROSA, Lucila Maria. Ambientes Digitais Virtuais: Acessibilidade aos Deficientes Visuais - CINTED-UFRGS. Novas tecnologias em educação. . Volume 01 no. 01 In: http://daniremiao.com/ihc/material/artigos_seminario/grupo1.pdf - acesso em 11 de Maio de 2010.

 Fotografias

SATIAGO, Judith Vilas Boas

Leia mais em:bttp://www.baixaki.com.br/download/nvdantrn#ixzz1ffGfjg7H
 







segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O trabalho do professor de AEE faz a diferença na inclusão

           
           O professor de AEE tem que estar totalmente envolvido no ciclo família/ escola e aluno para que suas ações assegurem a inclusão da pessoa com deficiência na escola regular.
           
            O  AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela. O professor de AEE é responsável pelos seus alunos no espaço escolar verificando recursos pedagógicos necessários para vencer as dificuldades e superar barreiras.

            O professor AEE precisa estar atento a todas informações vindas de outros profissionais (pedagogos, cantineiras, professores, colegas, pais) sobre estes alunos para traçar metas e elaborar planos de atendimento eficientes que possam auxiliar o professor da sala comum, bem como os próprios alunos com suas dificuldades.

            Outro fazer deste profissional é orientar pais, colegas de classe, atendentes e professores nas várias situações do dia a dia, na utilização de materiais adaptados, no comportamento dos colegas diante da inclusão, na informação sobre a deficiência específica do aluno atendido, suas limitações e potencialidades.

            É importante em primeira instância levantar o estudo de caso do aluno, publico alvo da educação especial, conhecendo melhor assim seu aluno e suas necessidades. Após o levantamento de todos os dados  o professor do AEE terá informações suficientes para traçar um plano que irá desenvolver com o aluno na SRM.