sábado, 19 de outubro de 2013

Atividades ou jogos que poderão favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual

O aluno com deficiência intelectual: características cognitivas

O funcionamento cognitivo do aluno com deficiência mental comporta um conjunto de características que testemunham certa fragilidade nesse funcionamento. Consideramos importante delimitar um perfil desse funcionamento ressaltando que seja qual for a importância desse aluno, ele é capaz de realizar numerosas aprendizagens. Os alunos com deficiência intelectual têm dificuldades para mobilizar os seus próprios recursos cognitivos internos de modo eficiente. Em situação de resolução de problema, frequentemente esses alunos se apóiam mais sobre recursos externos, tais como a opinião de um colega, do que sobre seus próprios recursos cognitivos. Ele é fortemente influenciado pela opinião e pela ação do outro. As frequentes dificuldades vivenciadas por esses alunos em contexto de aprendizagem podem talvez explicar essa ausência de confiança na própria capacidade de resolver os desafios co os quais ele é confrontada em casa ou na escola. 
Em sala de aula, esses alunos experimentam dificuldades em centralizar a atenção sobre os elementos essenciais que permitem orientar o procedimento de realização das tarefas propostas pelo professor. Trata-se de um problema de atenção seletiva. Normalmente eles têm dificuldade em compreender o que é esperado deles e consequentemente, apresentam dificuldades para se orientarem e planejarem eficazmente à realização da tarefa.
O planejamento e a auto-regulação durante a situação de resolução de problema se constituem nos aspectos que os alunos com deficiência intelectual apresenta maiores dificuldades. Eles experimentam dificuldades em refletir sobre o resultado da própria ação e sobre a transformação das estratégias relacionadas a esta ação. ou seja, são os aspectos metacognitivos implicados na realização das tarefas que se revelam pouco eficientes nesses alunos. Eles tendem a repetir a mesma estratégias mesmo quando elas se mostram ineficazes.
O trabalho do professor de AEE voltado para o aluno com deficiência intelectual se caracteriza essencialmente pela realização de ações específicas sobre os mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento e a aprendizagem desses alunos. Para desenvolver o AEE, é imprescindível que o professor conheça seu aluno e suas particularidades para além das dificuldades e limitações impostas pela deficiência. O trabalho do professor de AEE é realizar uma ação específica para ajudar o aluno com deficiência intelectual a agir de modo estruturado no ambiente escolar e fora dele.  O trabalho do AEE não deve se apoiar sobre os conteúdos curriculares. O professor de AEE pode trabalhar de uma maneira sistemática sobre as estratégias metacognitivas do aluno de modo a favorecer o desenvolvimento da capacidade de auto-regulação dele em situação de resolução de problema. O trabalho pedagógico envolvendo a habilidade metacognitiva no espaço do AEE demanda a necessidade de planejar estratégias para cada situação de aprendizagem, de forma que o aluno seja capaz de (de modo autônomo) controlar o processo de utilização dessas estratégias, avaliá-las para detectar erros que possam ter cometido e modificá-las.   
O professor deve planejar atividade que desenvolva no aluno a capacidade de generalizar ou transferir uma aprendizagem a novas situações, fazendo intervenções (de natureza educativa) estruturadas para favorecer a utilização mais eficiente de estratégias metacognitivas apresentadas pelo aluno.
Por exemplo: comparar ou fazer seleção de estratégias cognitivas pertinentes para resolver um problema ou controlar e ajustar o processo de resolução de problema. Outro exemplo de intervenção sobre a responsabilidade diz respeito à organização da linguagem. Normalmente o aluno com deficiência intelectual apresenta problema na memória a curto prazo. A organização da linguagem verbal se constitui em outro foco de interesse do AEE. É importante que o professor organize situações que permitam ao aluno estabelecer diferenças entre as características da linguagem verbal e aquelas da linguagem escrita.  
 No AEE, o professor exerce o papel de mediador do conhecimento. O aluno com deficiência intelectual abstrai e constrói conhecimentos, no entanto, sua atividade cognitiva não é espontânea, necessita ser exercida especialmente pela mediação do professor. 
Em síntese, o atendimento educacional especializado deve propor atividades que estimulem o desenvolvimento conceitual, além de propor situações vivenciais que possibilitem ao aluno com deficiência intelectual organizar o pensamento operatório e ainda propor situações-problema que exijam o uso do raciocínio abstrato. 
Dessa maneira, o professor vai ajudar esse aluno a confrontar com o seu limite cognitivo fazendo uma oposição sobre a maneira pela qual ele interage com o mundo.


Os jogos utilizados com a devida intervenção do professor do AEE podem ajudar ao aluno com DI vencer muitas das suas dificuldades e possibilitar o prazer em aprender.


Jogos que auxiliam

Os jogos infantis ou lúdicos são uma excelente ferramenta para observação do comportamento cognitivo das crianças. 

Jogo da memória

Objetivo:

  • Estimular a memória;
  • Desenvolver o raciocínio lógico;
  • Desenvolver a capacidade de observação e concentração;
  • Organização;









Divertido e fácil, o jogo da memória vem auxiliar na aprendizagem.


O jogo da memória infantil é um importante instrumento de aprendizado infantil já que estimula o raciocínio lógico e a capacidade de memorização do cérebro da criança.
Uma criança que brinca com jogos da memória podem ter raciocínio mais rápido e capacidade de memorização mais aguçada. 
Além disso, os jogos de memória são possíveis de estimular a criatividade e a noção das regras desde muito cedo de uma forma lúdica e divertida. Esse estímulo melhora o comportamento infantil diante de regras que surgem em casa, na escola e em toda sua vida, um sentido de que a regra serve apenas para organizar e tornar a vida mais fácil e não que seja algo ruim. Auxiliando também no convívio familiar e social, seja qual for o ambiente.

Referência

Inclusão, Revista da Educação Especial, V.5 Nº 1 JANEIRO/JULHO 2010.










sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Tecnologia Assistiva _ Pessoas cegas ou com baixa visão



RECURSO DE TECNOLOGIA ASSITIVA EM SALA DE AULA
REGLETE/SOROBÃ/MÁQUINA DE DATILOGRAFIA BRAILLE

Para maior proveito das habilidade do aluno de AEE, o professor  tem que estar atento as necessidades do aluno, para sua autonomia dentro e fora da sala de aula.
A importância de conhecer seu aluno torna mais fácil juntar os recursos necessários com sua potencialidades/habilidades.
Matheus Luiz, meu aluno que estimo tanto, é cego de nascença e usa prótese nos dois olhos.
Criança inteligente, meiga, carismático e muito dedicado aos estudos.
Apesar de sua limitação faz aula de teclado e gosta de brincadeiras ao ar livre. Sua matéria preferida é ciências, o que explica sua curiosidade por plantas e animais.
Entrou pra escola regular desde os 5 anos de idade, sempre teve acompanhamento e incentivo da família e dedicação exclusiva da mãe que se interessou a aprender o Braille para ajudar o filho nas atividades da escola.
Desde que ingressou na escola já lhe foi apresentado os primeiros materiais em braille que até então eram confeccionados pela professora regente.
Assim, sucessivamente foi apresentado os novos instrumentos que o ajudaria na escrita.
Hoje, Matheus Luiz, está no 4º ano do ensino fundamental e tenho certeza que nada pode barrar sua vontade de aprender e prosseguir com os estudos, apesar de sua limitação. 
Acredito no seu potencial!
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De acordo com o Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como deficiência visual:

• Cegueira – na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
• Baixa Visão – significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
• Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°;
• Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

A inclusão das pessoas com baixa visão na legislação se deu a partir da edição do Decreto nº 5.296/04. As pessoas com baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de contato, ou implantes de lentes intra-oculares, não conseguem ter uma visão nítida. As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da patologia causadora da perda visual.
Cerqueira e Ferreira (2004) afirmam que na educação de pessoas com deficiências visuais os recursos de tecnologia assistiva apresentam uma importância ainda maior, levando-se em conta ser o problema básico das pessoas com essa deficiência, em especial, o cego, é a dificuldade de contato com o ambiente físico.

Os recursos de tecnologia assistiva para os alunos com deficiências visuais, inclusive cegos, podem ser classificados como segue:

• Naturais: assim chamados por se utilizar de elementos da própria natureza, devidamente re-significados e assim transformados em dispositivos com um objetivo bem definido. Como exemplo, a utilização de um graveto e de um galho, de diâmetros diferentes, para auxiliar a conceituação de "grosso" e "fino";

• Pedagógicos: Todos os dispositivos, independentemente de seu grau de sofisticação, que podem ser confeccionados por professores, pais e colegas com o objetivo de incrementar a eficácia do aprendizado de um aluno;

• Tecnológicos: São os dispositivos que incorporam maior sofisticação tecnológica disponíveis para facilitar a aprendizagem: toca-fitas, gravadores, televisão, computadores, scanners, impressoras em Braille, entre tantos;

• Culturais: o arsenal de livros gravados (cassete e CDs) ou em Braille, disponíveis em bibliotecas. Também materiais de museus e exposições.

Materiais de TA básicos para alunos com baixa visão e cegueira

Para se obter um bom desempenho eficiente do aluno com deficiência visual, em especial o cego, é necessário que o mesmo domine alguns materiais básicos, indispensáveis no processo ensino – aprendizagem, como a reglete e a punção (conjunto de instrumentos que permite a produção da escrita em Braille), o sorobã (ábaco utilizado no Japão, China e Russa para cálculos aritméticos), os textos transcritos em Braille e o gravador. O cego deverá também, na medida do possível, dominar o uso da máquina de datilografia Perkins Braille.

 Figura 1 - Reglete

A escrita do braille pode se realizar por várias maneiras: A mais antiga e a mais utilizada é a reglete e o punção. A pessoa prende o papel na reglete, e com o punção vai fazendo todos os pontos que formam as letras.



        

Figura 2 - Sorobã

O Sorobã é um aparelho de cálculo usado já há muitos anos pelas escolas, casas comerciais e engenheiros, como máquina de calcular de grande rapidez, de maneira simples.

                   
 








Figura 3 - Máquina de ditalografia Perkins Braille

Com as máquinas, o trabalho se torna muito mais rápido que nas regletes.



Para auxiliar a locomoção, os cegos fazem uso das bengalas, que sao encontradas no mercado em vários modelos diferentes:



Bengala Ambutech de alumínio, com ponteira rotativa.


A Ultra Cane é a primeira bengala eletrônica que detecta objetos ao nível dos pés, pernas, tronco e cabeça.

Para alunos com baixa visão, os recursos didáticos mais usados são os cadernos com margens e linhas fortemente marcadas e espaçadas, lápis com grafite de tonalidade forte, caneta hidrocor preta, impressões ampliadas e materiais com cores fortes e contrastantes. Para alguns alunos, é necessário um espaço maior entre as linhas, como não encontramos esse tipo de caderno no mercado pode-se utilizar caderno de desenho ou encadernar um maço de sulfite, colocando capas (frente/verso) e em seguida traçar as linhas mais espaçadas de acordo com a necessidade do aluno. Assim como é mostrado no exemplo abaixo: linhas traçadas com espaço de 5 cm, folha por folha, com lápis 6B.






Referências

1. ANDRADE, Marita. Tecnologia, Educação e Deficiência Visual. Revista Presença Pedagógica. Nº. 75 - 17/05/2007 - pág. 40.

2. CERQUEIRA, J. B. & FERREIRA, E. M. Recursos didáticos na educação especial. Instituto Benjamin Constant – Rede Saci, 10/05/2004

3. REIS, N. M. M. Tecnologia Assistiva: Recursos facilitadores no processo de aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais – PUC Virtual – 2005

4. POLETTO SONZA. A. & COSTI SANTAROSA, Lucila Maria. Ambientes Digitais Virtuais: Acessibilidade aos Deficientes Visuais - CINTED-UFRGS. Novas tecnologias em educação. . Volume 01 no. 01 In: http://daniremiao.com/ihc/material/artigos_seminario/grupo1.pdf - acesso em 11 de Maio de 2010.

 Fotografias

SATIAGO, Judith Vilas Boas

Leia mais em:bttp://www.baixaki.com.br/download/nvdantrn#ixzz1ffGfjg7H
 







segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O trabalho do professor de AEE faz a diferença na inclusão

           
           O professor de AEE tem que estar totalmente envolvido no ciclo família/ escola e aluno para que suas ações assegurem a inclusão da pessoa com deficiência na escola regular.
           
            O  AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela. O professor de AEE é responsável pelos seus alunos no espaço escolar verificando recursos pedagógicos necessários para vencer as dificuldades e superar barreiras.

            O professor AEE precisa estar atento a todas informações vindas de outros profissionais (pedagogos, cantineiras, professores, colegas, pais) sobre estes alunos para traçar metas e elaborar planos de atendimento eficientes que possam auxiliar o professor da sala comum, bem como os próprios alunos com suas dificuldades.

            Outro fazer deste profissional é orientar pais, colegas de classe, atendentes e professores nas várias situações do dia a dia, na utilização de materiais adaptados, no comportamento dos colegas diante da inclusão, na informação sobre a deficiência específica do aluno atendido, suas limitações e potencialidades.

            É importante em primeira instância levantar o estudo de caso do aluno, publico alvo da educação especial, conhecendo melhor assim seu aluno e suas necessidades. Após o levantamento de todos os dados  o professor do AEE terá informações suficientes para traçar um plano que irá desenvolver com o aluno na SRM.
           



quarta-feira, 22 de maio de 2013



     Olá, sou Marília, e fiquei sabendo do curso através da nossa Secretaria da Educação, Márcia Bernardes no qual me convidou para fazer parte do mesmo já que eu gosto tanto de trabalhar com a Inclusão. Para mim foi gratificante e importante esta observação da secretaria. Pois me senti valorizada no que faço com tanto carinho e dedicação. Desejo a todos sucesso nesta empreitada. 

Gostar de apreender aprendendo

   

    Não é a primeira vez que faço um curso on-line, passei por essa experiência ao cursar a pós-graduação em Educação Inclusiva, posso afirmar que não foi fácil, pois eu, enquanto aluna precisei me esforçar e me organizar para cumprir as tarefas propostas pelos professores. Porém o curso nos remete experiências incríveis vindas dos participantes que como eu, gosta de estudar e tem o objetivo de aprender cada vez mais, por isso nos fazem refletir com suas experiências vividas e comentários.
     Ás vezes, sinto dificuldade em manter a concentração e motivação. Mas acho que é uma questão pessoal que requer disciplina e de criar o hábito de estudar a distância. Um dos problemas da flexibilidade do horário são as distrações que há em casa ou em qualquer outro lugar.
     Um bom curso a distancia é aquele onde há docentes que atuam como “provocadores do saber”. Que nos envolve ativamente, nos põe em contato com pessoas que tem ideias, experiências e interesses diferentes do nosso.
     Com toda certeza um curso a distância depende muito e quase exclusivamente do interesse do próprio aluno.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Comentários sobre os vídeos



Miniatura



     Ao assistir o vídeo "Help Desk na idade Média", me vi como "ele"surpreendido com as novas tecnologias e buscando cada vez mais aprender sobre Internet, Web, etc. Hoje percebo que muitos se encontram nesta situação. Este aprendizado, acho eu, deve ocorrer de maneira mais rápida. O vídeo mostra que o personagem buscou ajuda e não se deixou vencer pelo medo. Buscou também aprender enfrentando os desafios. Desta forma, que tenho conquistado as minhas vitórias - "Sem Medo de errar",e tentar de novo, é buscar novos caminhos. 




Miniatura


     O vídeo "Rafinha" me animou no sentido que pessoas como ele é que faz as verdadeiras mudanças, uma revolução da comunicação e as notícias sempre chegando no tempo real. Ele está sempre "ligado", conectado, observando tudo e todos e ao mesmo tempo compartilhando suas ideias e comentários, 
Podemos mudar nossa forma de viver se nos permitirmos a "beleza" da tecnologia e informática, ajudando-nos no nosso dia-adia com coisas muito simples ou complexas. Eu, assim como Rafinha, tenho buscado várias maneiras de está conectada ao mundo. Uma vez que a tecnologia tem tomado conta do mesmo.


"Incluir não é inserir, mas interagir e contribuir"
                                Rita Vieira de Figueiredo